"Quem diria... A vida é mesmo um quebra-cabeças, composto de pontos e cores, onde cada acontecimento é uma cor, cada história é um ponto, cada dia é uma peça. A vida vai sendo montada com pontos e cores, ganhando forma."

domingo, 2 de janeiro de 2011

MOULIN ROUGE: AMOR EM VERMELHO

Matéria retirada do blog: http://resenhafilme.blogspot.com/2010/12/moulin-rouge.html

















Em 2002, o Oscar privilegiou o extremamente formulaico Uma mente brilhante, mas havia dois filmes que chamaram muito mais atenção: tivemos o primeiro filme da trilogia de O senhor dos anéis e este: Moulin Rouge. Dois filmes que hoje ainda valem a pena serem vistos, enquanto o grande vencedor daquela noite parece ser cada vez menos interessante aos olhos do público.

Baz Luhrmann, que tem um histórico em óperas, criou uma overdose visual maravilhosa de assistir. Graças ao seu passado, ele foi capaz de contar uma história que é uma mistura de óperas inesquecíveis como La traviata entre outras.
Em Moulin Rouge, a história é sobre Satine (Nicole Kidman), uma linda cortesã do cabaré de luxo, que é justamente o nome do filme - Moulin Rouge, e se apaixona por um pobre escritor, Christian (Ewan McGregor), que há pouco tempo entrou para a companhia de Toulouse-Lautrec.
Desde o início fica claro que o futuro de Satine é trágico. Sua primeira cena é logo entrecortada com uma outra de seu final nada animador. Satine está morrendo de tuberculose, típica doença dos boêmios românticos. Já Christian é uma encarnação de Orfeu. Ele vai para Paris para trabalhar como escritor a contragosto de seu pai. Ele entra pra companhia porque o argentino narcoléptico cai pelo teto de seu apartamento. Mas logo Toulouse percebe que é um boêmio como ele, capaz de transmitir os princípios de "liberdade, beleza, verdade e amor", que ele tanto acredita.
O problema é que Zidler, o dono do Moulin Rouge, fez um acordo com o Duque para transformar o estabelecimento em um teatro. Zidler promete Satine para ele, mas ela acaba confundindo o Duque com Christian e os dois se apaixonam. Então, a peça escrita é sobre o triângulo amoroso que se formou sem o conhecimento do Duque.
O fato do Duque não ter nome me lembra muito filmes antigos da época muda, como por exemplo, os vilões parecidos com ele. Até mesmo D. W. Griffith em O quarto selado, que conta a história do Rei, ou até mesmo OS Saltinbancos trapalhões, onde eles trabalhavam para o Barão.
O estilo de direção de Baz Luhrmann é extremamente exagerado, o que prejudicou um pouco trabalhos anteriores como Romeu + Julieta, mas aqui ele finalmente encontra uma história que encaixa perfeitamente no seu estilo. Não sou fã de filmes com muitos cortes, mas aqui o exagero só melhora tudo. Em parte, se encaixa tão bem porque o filme é um gigantesco videoclipe. Ótimos números musicais com muita música pop meticulosamente escolhida. Na verdade, não há do que não gostar no filme.

Um comentário:

  1. Que bom que gostou do blog.

    Dei uma descansada no fim do ano, mas já voltei a atualizar.

    Espero que continue acompanhando.

    Abraços.

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